Serviço Social na Contemporaneidade

SER UM PROFISSIONAL PROPOSITIVO E NÃO SÓ EXECUTIVO.

quinta-feira, 29 de abril de 2010

A DESIGUALDADE COMO PRODUTO DAS RELAÇÕES SOCIAIS

No mundo em que vivemos percebemos que os indivíduos são diferentes, estas diferenças se baseiam nos seguintes aspectos: coisas materiais, raça, sexo, cultura e outros.
Os aspectos mais simples para constatarmos que os homens são diferentes são: físicos ou sociais. Constatamos isso em nossa sociedade pois nela existem indivíduos que vivem em absoluta miséria e outros que vivem em mansões rodeados de coisas luxuosas e com mesa muito farta todos os dias enquanto outros nem sequer tem o que comer durante o dia.
Por isso vemos que em cada sociedade existem essas desigualdades, elas assumem feições distintas porque são constituídas de um conjunto de elementos econômicos, políticos e culturais próprios de cada sociedade. 

Várias teorias apareceram no século XIX criticando as explicações sobre desigualdade, entre elas a de Karl Marx, que desenvolveu um teoria sobre a noção de liberdade e igualdade do pensamento liberal, essa liberdade baseava-se na liberdade de comprar e vender. Outra muito criticada também foi a igualdade jurídica que baseava-se nas necessidades do capitalismo de apresentar todas as relações como fundadas em normas jurídicas. Como  a relação patrão e empregado tinha que ser feita sobre os princípios do direito, e outras tantas relações também.
Marx criticava o liberalismo porque só eram expressos os interesses de uma parte da sociedade e não da maioria como tinha que ser.
Segundo o próprio Marx a sociedade é um conjunto de atividades dos homens, ou ações humanas, e essas ações é que tornam  a sociedade possível. Essas ações ajudam a organização social, e mostra que o homem se relaciona uns com os outros.
Assim Marx considera as desigualdades sociais como produto de um conjunto de relações pautado na propriedade como um fato jurídico, e também político. O poder de dominação é que da origem a essas desigualdades.
As desigualdades se originam dessa relação contraditória, refletem na apropriação e dominação, dando origem a um sistema social, neste sistema uma classes produz  e a outra domina tudo, onde esta última domina a primeira dando origem as classes operárias e burguesas.
As desigualadas são fruto das relações, sociais, políticas e culturais, mostrando que as desigualdades não são apenas econômicas mas também culturais, participar de uma classe significa que você esta em plena atividade social, seja na escola, seja em casa com a família ou em qualquer outro lugar, e estas atividades ajudam-lhe a ter um melhor pensamento sobre si mesmo e seus companheiros.

VERGONHA DO BOLSA FAMILIA


 Auditoria do TCU revela que há mais de 312 mil benefícios pagos irregularmente para políticos, mortos e donos de carros que custam entre R$ 100 mil e R$ 300 mil. Rombo chega a R$ 318 milhões em um ano
Brasília – Auditoria do Tribunal de Contas da União (TCU) revelou que 39.937 políticos que concorreram às eleições de 2004 e 2006 recebem Bolsa Família. Todos ganham mais de meio salário mínimo — valor máximo para ser beneficiário do programa. Desses, 577 foram eleitos e exercem mandato. O Bolsa Família dos políticos custa R$ 1,59 milhão por mês. Na auditoria, iniciada no ano passado, foram identificadas 312.021 famílias recebendo indevidamente o benefício. As irregularidades custaram em um ano R$ 318 milhões aos cofres públicos.
O relatório aprovado ontem pelo TCU cruzou dados de documentos dos candidatos registrados no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) com CPFs de beneficiários do programa. Os técnicos do Tribunal também utilizaram o nome das mães dos políticos para filtrar os resultados e identificar os candidatos, suplentes e eleitos, que recebiam a mesada do governo, que deveria ser destinada a famílias necessitadas.
O relatório indica também 299.832 beneficiários inscritos no Sisobi, sistema do Dataprev que registra óbitos. Cruzamento de dados com o Renavam mostra que 713 bolsistas têm carros que custam mais de R$ 100 mil. Desses, 16 pessoas teriam carros no valor superior a R$ 300 mil, segundo relatório.
“Assim, é pouco crível que 697 famílias possuidoras de veículos avaliados em cerca de R$ 100 mil estariam enquadradas nos critérios do Bolsa Família, tendo de arcar, só com o IPVA, com valores em torno de R$ 3 mil anuais”, analisa o ministro Augusto Nardes.
O trabalho também revela que parte dos beneficiários do Bolsa Família tem carros caros. Das 106.329 famílias com carros inscritas no programa, 86 mil têm automóveis avaliados em até R$ 10 mil e 2.256 dirigem carros que custam de R$ 50 mil a R$ 100 mil.
Marcela dos Reis, 29 anos, moradora de Nova Iguaçu ficou indignada. Ela diz que tenta há dois anos conseguir o benefício, mas não consegue, embora sobreviva com menos de R$ 100 que ganha catando sucata, para sustentar o filho Vanderson, de 2 anos. O marido, o pedreiro Anderson, está desempregado.
Benefícios cancelados após relatório
O Ministério do Desenvolvimento Social divulgou nota informando que a pasta já cumpriu 70% das recomendações feitas pelo TCU na auditoria realizada em 2006 e que 10% dos beneficiários que possuem carros e 172 políticos contemplados no programa já tiveram o benefício cortado.
O cruzamento de dados revelou que 83 mil recebem mais que o teto estabelecido pelo governo para conceder o benefício. O TCU encontrou ainda 205.566 registros suspeitos, com pessoas que apresentavam o mesmo CPF ou identidade e nomes diferentes.
“Determinada família, com renda per capita declarada de R$ 35, com direito de receber R$ 94, possui sete veículos do tipo caminhão avaliados em R$ 756.467”, informou o ministro Augusto Nardes, do TCU.
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O texto acima foi copiado na íntegra do site O Dia

quarta-feira, 28 de abril de 2010

PERFIL PROFISSIONAL DE SERVIÇO SOCIAL DE DIVERSOS ESTADOS BRASILEIROS



"Na opinião de um segmento importante de profissionais, o Assistente Social deve ter conhecimentos básicos das grandes teorias sociais aliadas a capacidade de pensar a realidade de forma crítica e saber apresentar propostas estratégicas.
O profissional tem que corresponder ás exigências de um mundo de economia globalizada, com um avanço tecnológico descomunal e uma competição intensa. O Serviço Social não está fora dessa dinâmica maior. O Assistente Social tem que se preparar, manter – se atualizado e competitivo (Participante da pesquisa).
Entretanto na visão dos assistentes sociais, para que o profissional de Serviço Social possa atender as demandas de uma sociedade globalizada, ele precisa antes de tudo, ter uma consciência política e conhecimento da estrutura da sociedade como um todo. Essa postura política tem que ser clara e apartidária. Já o conhecimento e a competência técnica devem andar juntos e não devem ser dissociados, onde o conhecimento deve estar atrelado há uma visão histórica, percebendo todas as fases da sociedade e dos indivíduos.
Não podemos em Serviço Social perceber o indivíduo separado de seu contexto social e histórico (Participante da pesquisa).
A competência técnica, citada por 8.3% dos profissionais, deve estar aliado a uma postura ética (11.1%) e política( 22.2%).
O perfil profissional adequado é de um Assistente Social dinâmico cuja rapidez de pensamento permita que sugira ações em igualdade de condições com os demais profissionais. Precisamos não apenas de competência técnica, mas também de uma auto – confiança. Os novos conhecimentos são voltados para a nova dinâmica do mundo do trabalho, e um atendimento de documentos estatísticos de modo a que possamos entender as análises que circulam nestes meios (Participante da pesquisa). O Assistente Social deve ser atualizado (5.5%), criativo (5.5%) e sobretudo equilibrado emocionalmente (2.75%). Ele deve ser crítico (22.5%) pois o contexto o exige; de outra maneira ele continuará tendo uma postura “neutra” que no seu discurso ele tanto critica, mas que na prática lhe é tão difícil esquecer.
Atualmente todas as profissões exigem pessoas mais capacitadas polivalentes e dispostas a “vestir a camisa” do empreendimento a que estão ligados. O Assistente Social em minha opinião necessita de uma especial compreensão das políticas sociais e mecanismos para sua formulação e execução, antes de qualquer tomada de partido político ou partidário (Participante da pesquisa).
Através desta pesquisa, detectamos que os profissionais sentem na prática a necessidade de ter qualificação e habilidades diversificadas como: conhecimento de línguas estrangeiras; conhecimento sobre informática; conhecimento sobre direito; capacidade para trabalhar com programas de qualidade total; domínio sobre as políticas sociais; e os assistentes sociais que trabalham em organizações privadas ressaltaram a necessidade de ter domínio sobre conhecimentos de recursos humanos, pois se não o fazem, acabam perdendo espaço para outros profissionais.
Em suma as opiniões colhidas junto aos profissionais de diversas regiões do Brasil,
permitiram tecer estas considerações sobre as mudanças que estão acontecendo no espaço profissional de Serviço Social. e dizem respeito as novas formulações das competências, conhecimentos e habilidades que delineiam o novo perfil profissional almejado.
Este contexto acaba por demandar aos Assistentes Sociais segundo Marilda Iamamoto, 1995:
... sua inserção em equipes interdisciplinares, o seu desempenho no âmbito de formulação de políticas públicas, impulsionadas pelo seu processo de municipalização; o trato com o mundo da informática, a intimidade com as novas técnicas e discursos gerenciais – entre muitos aspectos – o que muitas vezes tem sido lido, enviesadamente, como, “desprofissionalização”, “perda de espaços”, restrição de suas possibilidades ocupacionais."
Disponivel em: http://www.ssrevista.uel.br

segunda-feira, 19 de abril de 2010

CAMPOS DE ATUAÇÃO PROFISSIONAL

Os assistentes sociais têm importante papel em projetos de inclusão e trabalho contra a miséria, fome e analfabetismo. Além disso, também atuam dentro das empresas na área de Recursos Humanos, contribuindo para o desenvolvimento organizacional.
O assistente social pode trabalhar na participação, na elaboração e gerenciamento das políticas sociais, na formulação e implementação de programas sociais, na democratização das informações e no acesso aos programas disponíveis na instituição onde trabalha, auxiliando na solução de conflitos e questões sociais com um grupo específico de pessoas. Ainda pode trabalhar com grupos diversos como, por exemplo, crianças, idosos, dependentes químicos, etc.
O Assistente Social trabalha em hospitais, postos de saúdes, ONGs, empresas públicas e privadas, presídios, asilos, orfanatos e órgãos públicos.
Que características deve ter um assistente social?
Interdisciplinaridade e multidisciplinaridade. Trabalhar em equipe, desenvolver trabalhos de grupo, criatividade, flexibilidade, visão sistêmica. A profissão é mais composta por mulheres por que tem sua origem vinculada à questão do cuidado, o que também é uma característica feminina. No entanto, com a reconceitualização, a profissão revelou a questão sócio-política passando a ter um discurso mais atrativo ao universo masculino, que é uma característica também cultural.
O campo de atuação atualmente abrange seis grandes áreas: Educação, Saúde, Justiça, Previdência Social, Sistema Penitenciário e Obras Sociais. Por ser o Estado o maior empregador, o acesso através dos concursos permite que todos participem. Com o novo governo, os concursos têm sido periódicos, o que facilita.
Uma dica é atentar para as novas demandas exigidas pela profissão. Realizar experiências na área que pretende atuar, desde a fase de estágio, manter-se atualizado, ler e conhecer as novidades em informática.

sábado, 17 de abril de 2010

FORMAÇÃO PROFISSIONAL

Na década de 30 a igreja implantou seu projeto social adaptando-o a realidade brasileira. Em 1920 são criadas instituições filantrópicas a fim de divulgar o pensamento social da igreja e formar suas 'bases doutrinarias'.

IAMAMOTO,2008,P.166
"...senhoras da burguesia, catolicas,
dentro de uma perspectiva embrionaria
de 'assistencia preventiva, de apostolado
social, [...] com o proposito de [...]
atender, atenuar determinadas sequelas
do desenvolvimento capitalista."

Segundo LEMOS (2009), numa perspectiva oposta àquela que simplesmente pretava socorro aos oprimidos.

Com a fundação da Confederação Católica, em 1922, coordenado pela Sra. Estella de Faro, surgiu o movimento Laico que multiplicou-se dentro da ação catolica havendo um rompimento entre as praticas clientelistas e o apostolado social, surgindo a necessidade de uma formação tecnica especializada, pela melhoria da situação das classes menos favorecidas. No Brasil o Serviço Social surgiu da urgencia de obras sociais e no apostolado social voltado aos explorados. A partir daí teve-se inicio o Curso Intensivo de Formação Social para Moças, e em 1932 originou-se o CEAS, Centro de Estudo e Ação Social, onde o objetivo principal era promover a formação de seus membros segundo a doutrina social da igreja para tornar mais eficiente a atuação das trabalhadoras sociais. Neste mesmO ano o CEAS fundou 4 centros operarios nos quais suas divulgadoras, por meio das aulas de tricô e outros trabalhos manuais, faziam contato com as operárias e tomavam conhecimento de suas necessidades. Percebendo-se então que a finalidade era a reprodução ideológica vigente e não a libertação das amarras que prendiam a classe operária!
Em 1936, o GAS - Grupo de Associação Social- criou a I semana de Ação Social, cuja proposta era seguir a doutrina social da igreja com base na realidade; em 1937, leigos se juntaram ao GAS e criaram o Instituto de Educação Familiar e Social; em 1938, foi criada a Escola Tecnica de Trabalho Social na qual em 1940 Ana Nery implantou o curso de preparação em Trabalho Social; deste curso nasceu a Escola Serviço Social da Universidade do Brasil, que foi a primeira iniciativa de ãmbito federal para a formação de assistentes sociais.
Referencias
IAMAMOTO, Marilda Vilela. O Serviço Social na Contemporaneidade: trabalho e formação profissional. 10 ed.são paulo cortez 2006. PLT

Postura Profissional - Identidade e perfil

A postura profissional esta intimamente ligada com a formação profissional. discutindo a formação profissional podemos analisar a construção da identidade profissional que possibilita inserir o Assistente Social nas discussões referentes ao processo historico e de profissionalização do curso. A construção desta identidade é um processo que está sempre em movimento, produzindo uma mudança de estrutura, caráter, e possibilitando a abertura de novas experiencias.
Segundo Gentilli(2006,p.68), "no mercado de trabalho, as representações sobre a identidade profissional tem sido, não raro, expressas e problematizadas como 'falta de identidade profissional'; dificuldades concretas no trato com as relações sócio-técnicas; dificuldades de congruência entre o que os profissionais acreditam ser a 'teoria' e a 'pratica' profissionais; estabelecem-se como representações realizadas a partir de duas referências 'externas', ou seja, a partir de definições estabelecidas pelos 'outros' da profissão, com os quais interagem; uma referencia oriunda de formação profissional academica e outra decorrente das demandas profissionais estabelecidas por aqueles que contratam seus serviços."

A formação do (da) Assistente Social é de caráter humanista, portanto, comprometida com valores que dignificam e respeitam as pessoas em suas diferenças e potencialidades, sem discriminação de qualquer natureza, tendo construído como projeto ético/ político e profissional, referendado em seu Código de Ética Profissional, o compromisso com a Liberdade, a Justiça e a Democracia. Para tal, o (a) Assistente Social deve desenvolver como postura profissional à capacidade crítica/reflexiva para compreender a problemática e as pessoas com as quais lida, exigindo-se a habilidade para comunicação e expressão oral e escrita, articulação política para proceder a encaminhamentos técnico-operacionais, sensibilidade no trato com as pessoas, conhecimento teórico, capacidade para mobilização e organização.

quarta-feira, 14 de abril de 2010

PROJETO ÉTICO-POLÍTICO DO SERVIÇO SOCIAL

- O QUE É O PROJETO ÉTICO-POLÍTICO DO SERVIÇO SOCIAL?
É o nosso projeto profissional que foi construído no contexto histórico de transição das decadas 70 e 80, num processo de redemocratização da sociedade brasileira, recusando o conservadorismo profissional presente no Serviço Social brasileiro. Constata-se o seu amadurecimento na década de 90, período de profundas transformações na sociedade que afetam a produção, a economia, a política, o Estado, a cultura, o trabalho, marcadas pelo modelo de acumulação flexível (Harvey) e pelo neoliberalismo.
- ESTRUTURA BÁSICA DO PROJETO ÉTICO-POLÍTICO:
Núcleo: reconhecimento da liberdade como valor central
*Compromisso com a autonomia, a emancipação e a plena expansão dos indivíduos sociais
*Vincula-se a um projeto societário que propõe a construção de uma nova ordem social
Dimensão política: se posiciona em favor da eqüidade e da justiça social, na perspectiva da universalização; a ampliação e consolidação da cidadania. Este projeto se reclama radicalmente democrático – socialização da participação política e socialização da riqueza socilmente produzida.
Do ponto de vista profissional: o projeto implica o compromisso com a competência, cuja base é o aprimoramento profissional – preocupação com a (auto) formação permanente e uma constante postura investigativa.
Usuários: o projeto prioriza uma nova relação sistemática com os usuários dos serviços oferecidos – compromisso com a qualidade dos serviços prestados à população, a publicização dos recursos institucionais e sobretudo, abrir as decisões institucionais à participação dos usuários.

-COMPETÊNCIAS E HABILIDADES
:conhecer o significado ético da profissão na história do Serviço Social brasileiro; oferecer subsídios para a reflexão a respeito do que vem a ser um bom profissional de ServiçoSocial.
-O QUE É ÉTICA?
conjunto de regras e preceitos de ordem valorativa e moral de um indivíduo,de um grupo social ou de uma sociedade.
-É PRECISO ENTENDER QUE:o projeto ético-político do Serviço Social só se efetivará se for incorporado consciente e volitivamente pelos assistentes sociais,de forma autônoma e transformadora.
-O QUE É SER UM BOM ASSISTENTE SOCIAL:ter uma visão critica da realidade para isso é necessario conhece-la.

Em suma, o projeto articula em si mesmo os seguintes elementos constitutivos: segundo Netto,1999:98, "uma imagem ideal da profissão, os valores que a legitimam, sua função social e seus objetivos, conhecimentos teóricos, saberes interventivos, normas, praticas, etc."

terça-feira, 13 de abril de 2010

caracteristicas do assistente social e as condições de trabalho

o (a) Assistente Social deve desenvolver como postura profissional à capacidade crítica/reflexiva para compreender a problemática e as pessoas com as quais lida, exigindo-se a habilidade para comunicação e expressão oral e escrita, articulação política para proceder encaminhamentos técnico-operacionais, sensibilidade no trato com as pessoas, conhecimento teórico, capacidade para mobilização e organização.
O (a) Assistente Social deve dispor de condições adequadas e dignas, asseguradas pelas instituições contratantes, que lhes permitam proceder à escuta, a reunião, os contatos e os encaminhamentos necessários à atuação técnica-operativa, em cumprimento aos artigos 4o. e 5o. da Lei 8662/93, das competências e atribuições profissionais. É preciso garantir recursos materiais e humanos para que sua atuação se realize de forma competente e efetiva, bem como que permitam o exercício do sigilo e dos princípios profissionais.

atuação profissional



A profissão Serviço Social foi regulamentada, no Brasil, em 1957, mas as primeiras escolas de formação profissional surgiram a partir de 1936.
É uma profissão de nível superior e, para exercê-la, é necessário que o graduado registre seu diploma no Conselho Regional de Serviço Social (CRESS) do estado onde pretende atuar profissionalmente; há 24 CRESS e 3 delegacias de base estadual e o Conselho Federal de Serviço Social (CFESS), órgãos de fiscalização do exercício profissional no país, dando cobertura a todos os estados.
A Lei que a regulamenta é a 8662/93
Devido à experiência acumulada no trabalho institucional, a (o) Assistente Social tem-se caracterizado pelo seu interesse, competência e intervenção na gestão de políticas públicas e hoje contribuindo efetivamente na construção e defesa delas, a exemplo do Sistema Único de Saúde - SUS, da Lei Orgânica da Assistência Social - LOAS e do Estatuto da Criança e do Adolescente - ECA, participando de Conselhos Municipais, Estaduais e Nacionais, bem como das Conferências nos 3 níveis de governo, onde se traçam as diretrizes gerais de execução, controle e avaliação das políticas sociais.
    O profissional de Serviço Social atua em organizações da esfera estatal, empresas mercantis, político-sindicais, ONGs(organizações não governamentais) e trabalho autônomo.  Atua na saúde, na educação, na previdência social, na assistência social, nas instituições jurídicas, no campo da Infância e Juventude, nas varas de família, nas instituições do sistema penal e sócio-educativo, na habitação, na elaboração de projetos sociais e em variados projetos que envolvem a garantia de direitos dos cidadãos.
referêcias:: http://www.cfess.org.br e-mail: cfess@cfess.org.br

Questão Social: conceitos e implicações

A especialização do trabalho do Serviço Social é a questão social. Que é o conjunto de expressões das desigualdades da sociedade capitalista, determinando assim, o caráter histórico da profissão.
Questão social é o objeto de Serviço Social?
O objeto de Serviço Social, esta, intimamente ligado a uma visão de homem e mundo. No inicio o Serviço Social no Brasil em 1937, tinha esse objeto, homem, mas um homem especifico: aquele pobre, morador de rua, de favelas, analfabeto, desempregado, etc. Entendendo que ele não tinha capacidade de se ascender socialmente,daí o objetivo era fazer com que ele se integrasse aos valores, moral e costumes defendidos na época.
Posteriormente, essa idéia ultrapassada, é substituída pela idéia de que a situação deste homem é fruto, não só de uma incapacidade individual, mas também de um conjunto de situações que merecem a intervenção profissional.
“... O Serviço Social atua na base das inter-relações do binômio individua-sociedade [...] como pratica institucionalizada, o Serviço Social se caracteriza pela atuação junto a indivíduos com desajustamentos familiares e sociais. Tais desajustamentos muitas vezes decorrem de estruturas sociais inadequadas”. (Documentos de Araxá, 1965, p 11)
“...Ao utilizarmos, na análise da sociedade, a categoria questão social, estamos realizando uma análise na perspectiva da situação em que se encontra a maioria da população – aquela que só tem na venda de sua força de trabalho os meios para garantir sua sobrevivência. É ressaltar as diferenças entre trabalhadores e capitalistas, no acesso a direitos, nas condições de vida; é analisar as desigualdades e buscar forma de superá-las. É entender as causas das desigualdades, e o que essas desigualdades produzem, na sociedade e na subjetividade dos homens”. Idéia Maria Machado*
(texto QUESTÃO SOCIAL: OBJETO DO SERVIÇO SOCIAL? Edneia Maria Machado -* Assistente Social, professora do Departamento de Serviço Social da UEL, doutora em Serviço Social.)

Serviço Social antes de ser legitimada profissão

UM BREVE RESUMO
Conhecido como assistencialismo, tinha a função de ajudar as pessoas nas suas necessidades imediatas, exploração de trabalho infantil e da mulher, no auxilio ao idoso, viúvas, mendigos com ajudas de voluntários em parceria com a igreja. A igreja tinha um papel importante nesse aspecto, principalmente apos a criação da UCISS - União Católica Internacional de Serviço Social, onde foi decisiva sua atuação no período da criação das escolas de Serviço Social em nosso continente, por volta de 1925 em Milão/Itália (CASTRO, 2006, p.65,apud LEMOS, 2007, p. 153).
A UCISS contribuiu para que o assistencialismo leigo se tornasse assistencialismo profissional com caráter profissional. Houve, logo após essa conquista, a criação de um período que marcou época por seus feitos, período em que Getulio Vargas governou o Brasil, 1937 a 1945, com a criação de CLT (Consolidação das Leis do Trabalho)em 1943, que garantiu vários direitos aos trabalhadores, como carteira de trabalho, regulamentação do trabalho feminino, descanso semanal remunerado e salário mínimo, por exemplo, entre outros.
A profissão Serviço Social foi regulamentada em 1957, apesar de já existirem escolas de formação profissional desde 1936. É uma profissão de nível superior e, para exercê-la, é necessário que o graduado registre seu diploma no Conselho Regional de Serviço Social (CRESS) do estado onde pretende atuar profissionalmente.
O objeto de trabalho do Serviço Social é a diversidade de expressão da questão social seja em qualquer sociedade, havendo, portanto, modificações na forma de pensar e agir daquele que atua na Assistência Social propriamente dita.

Referencia inclusa: http://www.cress-sc.org.br/servicosocial/profissao.php

domingo, 11 de abril de 2010

E essa tal inclusão digital?

Exclusão digital

“Por que um ‘alguém iletrado e sem recursos’ precisa de um computador? Só porque você pode produzir em grande escala um computador barato para as massas, isso não significa necessariamente que elas precisem de um. Ou queiram um.” Em tempos de internet, dilemas dessa natureza são discutidos na própria rede, por interlocutores de diferentes formações, lugares sociais e nacionalidades.

Os sucessos e tropeços de projetos em lugares como Brasil, China, Egito, Índia, Irlanda e Havaí, entre outros, servem de referência para a análise do caleidoscópio de fatores que estão em jogo, quando o que se pretende é mais do que disseminar pelo mundo máquinas e conexões. É preciso um investimento no diálogo com as comunidades locais o que permitirá que recursos adequados atendam a demandas autênticas. Esse exercício paciente de negociações e escuta é o que leva a resultados mais consistentes na transformação das condições de vida local.

Analisando dessa forma enxergamos que nosso desafio global não é superar a exclusão digital, mas expandir o acesso e uso da TIC para promover a inclusão social.

sexta-feira, 9 de abril de 2010

Assistencia Social ou Assistencialismo?

Muitos falam de Assistencia Social com a ideia de ajuda ou caridade. Ja deveria ser de conhecimento de todos que existe uma grande diferença, apesar de semelhança, entre as areas.
No que entende-se por Assistencialismo, pode considera-se a ideia de ajuda, caridade, doação de algo ou prestação de serviço a alguem de forma voluntaria. Quem pratica o voluntariado, que tem bases no assistencialismo, atende alguém que está necessitado.
No que diz respeito a Assistencia Social, faz mais que atender, formula políticas e programas, analisa dados, coordena programas e planeja atos futuros com os dados que lhe estão a mão. Assistencia Social é uma lei regulamentada pelo LOAS (Lei Organica da Assistencia Social), trata-se de uma politica publica de atenção e defesa dos direitos.